sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Avaliação de desempenho e o gestor de pessoas

Atualmente o termo “recursos humanos” está sendo substituído pelo termo “gestor de pessoas”, objetivando valorizar os trabalhadores como pessoas e não como recursos.

O objetivo é reconhecer nos trabalhadores o conhecimento, a criatividade e o seu comprometimento junto à organização e com isso atingir o desenvolvimento mútuo – a organização ao se desenvolver – desenvolve as pessoas e conseqüentemente a organização.

O gestor de pessoas se utiliza desta importante ferramenta – A Avaliação de Desempenho – Que é uma análise sistemática do desempenho do trabalhador em relação às atividades que realiza, das metas estabelecidas, dos resultados alcançados e do seu potencial de desenvolvimento.

O sucesso da ferramenta utilizada depende de vários fatores:
a) Deve ser implantada a ferramenta como uma oportunidade de evolução das competências e evolução do trabalhador (Não deve ser vista como uma ferramenta para uma futura demissão);
b) A comunicação da aplicação da avaliação de desempenho deve orientar os trabalhadores dos reais objetivos de um processo de avaliação de desempenho (ser uma oportunidade de evolução da carreira dos trabalhadores e com uma proposta de ajudá-los a identificar os pontos fortes e fracos de cada um a serem aprimorados);
c) Desenvolver e trabalhar as lideranças para a avaliação dos seus funcionários.
d) Todas as competências avaliadas (conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos) devem ser definidas e esclarecidas para os avaliadores e para os avaliados;
e) A avaliação de desempenho não deve ser unilateral, ou seja, apenas a chefia superior avaliando o trabalhador. Ele, o trabalhador deverá fazer sua auto-avaliação do seu desempenho e da participação nos resultados atingidos pela equipe. Ao final do processo ele terá informações sobre o seu desempenho a partir das percepções da sua chefia imediata e de seus pares.

E, finalmente os resultados devem ser trabalhados que é desenvolver as competências necessárias dos trabalhadores essenciais para a organização e para sua carreira dentro da mesma.

A ferramenta, Avaliação de desempenho numa organização deve ser única e de acordo com a realidade da mesma. Os trabalhadores devem conhecê-la antes da sua primeira aplicação, devem ter conhecimento dos reais objetivos da ferramenta. Caso contrário, é preferível não se utilizar desta ferramenta, porque isso pode acarretar nos trabalhadores um sentimento persecutório aumentando o estresse no trabalho e sentimentos negativos em relação às chefias e a organização.
Pedro Kochenborger - pakf@brturbo.com.br

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A política brasileira e o “velho porco Major” da sátira escrita por George Orwell!

A fábula escrita por George Orwell pode ser um referencial para compararmos com a política brasileira, ou melhor, com o funcionamento dos partidos políticos que chegaram ao poder. Para quem não conhece ou não leu a revolução dos bichos o objetivo do autor era atacar o modelo soviético sob a ditadura de Stalin.

A fábula A Revolução dos Bichos onde o velho porco Major usa do seu discurso e conquista através da emoção todos os animais. O homem seria o grande inimigo e deveria ser retirado de cena para com que todos os animais estariam livres da fome e da sobrecarga de trabalho e com isso os resultados dos trabalhos seriam somente dos animais e todos seriam como irmãos e todos iguais.

Os discursos e as ideologias partidárias sempre foram lutar a favor dos direitos dos trabalhadores, sindicatos fortes e a luta sempre seriam contra o capital estrangeiro, contra a exploração dos empregadores, contra a exploração vampiresca do estado, contra os canais de TV e contra a imprensa e etc. e etc... (Quem tem mais de 45 anos se usar um pouco da sua memória irá lembrar-se destes discursos desde a primeira eleição direta a presidente...)

O velho porco Major (personagem do livro) prometeu em seus discursos que todos os animais seriam livres e ricos. Uma canção foi ensinada para transmitir a mensagem igualitária do sonho. Todos repetiam os versos com entusiasmo fanático (Quem não lembra das crianças e outros animais menos pensante cantando ... Lula laaa... Lula laaa.... e outras canções partidárias antes das eleições)

Seguindo a seqüência do livro... Os animais se revoltaram e tomaram o poder da granja. Regras foram criadas. Surgiu a figura do Cavalo Sansão que acabou servindo como o trabalhador pela causa e se mostrou o perfeito idiota

Com o tempo começaram a descobrir alguns comportamentos de privilégios de alguns animais, como o leite das vacas estava desaparecendo até que o mistério foi esclarecido. O Leite era misturado à comida dos porcos e é óbvio que apresentaram uma justificativa... afinal, eles eram os intelectuais e o funcionamento da granja dependia deles. Tudo o que os porcos faziam era pelo bem da granja.

Resumindo. As regras criadas com o tempo começaram a ser quebradas como a de que nenhum animal mataria outro animal. Pois alguns dissidentes do regime tiveram que ser mortos em nome da revolução, com o tempo alguns animais ligados aos porcos começaram a negociar com os homens de outras granjas e logo, logo os animais começaram a aprender a andar em duas patas e já não se sabia mais quem era homem ou animal e o destino inevitável dos igualitários acabou instalando um regime mais opressor que o anterior e tudo em nome da granja e da igualdade.

Todos partidos que chegaram ao poder, sem exceção, esquecem das promessas durante as campanhas eleitorais. Basta acompanhar o que se faz com a previdência, ou melhor, com os aposentados. A questão da saúde é outro grande apelo nas campanhas eleitorais, sabemos que a saúde pública no Brasil é algo que ninguém deve se orgulhar; o ensino brasileiro é outra bandeira e o que se observa é apenas uma busca de números e não de qualidade (o pior de tudo é que a qualidade baixa agora chegou ao ensino de terceiro grau – Entra-se numa universidade não por méritos e sim por outros caminhos em nome da igualdade social)

Outra grande bandeira eleitoreira – a luta contra a corrupção. Nunca se viu tanta corrupção no Brasil, mas é lógico que os porcos (ou melhor, os políticos brasileiros) justificam – “Hoje se investiga e aparece à corrupção, diferente do partido anterior...”. Pior de tudo que tudo é apenas explicações porque o que impera é a impunidade e como piada brasileira tudo termina em pizza. (flagrante de dinheiro nas cuecas, nas meias, depósitos bancários... tudo isso não serve de prova para punir políticos que dão apoio ao partido que está no poder.Pior de tudo é que neste ano vamos ser obrigados a vivenciar a ditadura dos partidos e seus discursos carregados de efeitos especiais para angariar votos aos candidatos. Agora é a hora de decidir: Você será um “burro” que vai acreditar em tudo que ouve ou vai pensar em ser algum animal um pouco mais inteligente. O que os partidos querem é nada mais e nada menos que o poder para benefício próprio. O discurso da igualdade social são apenas palavras. Se alguém argumentar que hoje os pobres são mais assistido não esqueça que há um ensinamento secular que não é aplicado - “não dar o peixe mas sim ensinar a pescar” e esta não é a preocupação de quem está no poder ou quer se manter no poder

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Um dos Pecados dos Gestores de RH


Um dos Pecados dos Gestores em Recursos Humanos:
Seleção de Novos Funcionários

O recrutamento e a seleção de novos funcionários. Não vou analisar o processo de recrutamento, mas a etapa seguinte: a Seleção.

Numa organização, seja ela pequena ou grande a admissão de um funcionário é o passo seguinte a seleção. Mas esta seleção como é realizada – Geralmente são definidas várias etapas: Processo de avaliação das competências necessárias para o bom desempenho do cargo futuro do candidato, as entrevistas individuais e as entrevistas coletivas associadas com alguma dinâmica de grupo para analisar o funcionamento dos candidatos.

A metodologia tem uma coerência lógica para um processo de seleção. Mas o "pecado" ou a onipotência do gestor ou do profissional para executar a seleção está no fato de que numa ou duas ou até três entrevistas definir o funcionamento e a estrutura de personalidade do candidato. Isso é mágico - alguém conseguir com poucos contatos concluir e emitir pareceres de que alguém está apto ou inapto para exercer determinada atividade numa empresa (simplificação da complexidade de funcionamento do ser humano).

Porque isso é mágico! Para os profissionais da área do comportamento humano, no caso os psicólogos e os médicos psiquiatras, necessitam de vários encontros durante meses para realizar um diagnóstico dinâmico da personalidade de uma pessoa em psicoterapia. Para que isso seja possível o profissional necessita ter profundo conhecimento do funcionamento do Ego e suas alterações e ainda ter conhecimento profundo da psicodinâmica do aparelho psíquico do ser humano.

Algum gestor poderia apresentar o contra argumento para a afirmação acima, como o fato dos candidatos se submeterem a testes psicológicos de personalidade. Pode-se afirmar que os testes projetivos para avaliarem a estrutura de personalidade dão como resultados "indicadores" que devem ser avaliados durante as entrevistas e podem ter certeza que em duas ou três entrevistas e mais uma dinâmica de grupo nenhum profissional da área tem condições para afirmar que os indicadores ou os resultados levantados podem ser confirmados ou não.
Uma sugestão para se redimirem do pecado. Não aceitar solicitações de seleção onde o processo de recrutamento e seleção deva ser efetuado num período de poucos dias e se possível solicitar que a seleção seja efetuada por um profissional da área humana que tenha conhecimentos profundo da complexidade do funcionamento da personalidade humana.

Apresentação


Pedro Kochenborger
Psicólogo com especialização e cursos em Qualidade Total
Professor de Psicologia Organizacional, Estilos de Lideranças e Relações Humanas
10 anos como professor de graduação
15 anos como consultor em Recursos Humanos